TOMADA DE TESTEMUNHO
José Adeildo Ramos
14/10/2014
Responsáveis pela tomada de depoimento: Pedro Dallari, Maria Rita Kehl, José Carlos Dias, Paulo Sérgio Pinheiro e José Paulo Cavalcanti
Foi preso no dia 18 de Dezembro de 1972 em Vitória de Santo Antão. Morava em Caruaru. Não sabia a causa do por que estava sendo preso. Não reconhecia o tal prédio para o qual o levaram.
Na entrevista, ele relata alguns lapsos de memória dos acontecimentos. Citou "colegas" de cela, por exemplo, Fernando Augusto era seu nome e seu apelido pelo qual o chamavam era Fernando Sandália. José diz ter presenciado a morte de Fernando, assim, descreve o acontecido.
- Fui preso no dia 18 de dezembro de 72 em Vitória de Santo 2 Antão.
- Não reconheço esse prédio, não reconheço porque eu entrei aqui encapuzado.
- Agora, por dentro sim, por dentro eu acredito que está modificado.
- Lá da última cela aonde eu estava, eu vi na primeira cela o Fernando Augusto.
- Fernando Sandália o apelido dele, mas o nome dele é Fernando Augusto.
- E ele foi assassinado, terrível. Foi uma coisa terrível.
- Segundo a notícia, teria ido para o Rio de Janeiro.
- O pessoal o reconheceu e abriu fogo e, então, houve um tiroteio dele e o carro dele incendiou e ele morreu.
- O jornal é... Jornal do Commercio.
- É. Jornal do Commercio. É de janeiro de 2003. É fácil da gente encontrar, não é difícil.
- Olha, deixa eu falar uma coisa, você foi preso junto com a Natália, ela foi estuprada.
- Eu não vou afirmar uma coisa que eu não sei. Mas a Natália foi morta lá.
- Ela pegou, ela tinha uma bolsinha e tirou a correia da bolsa, suicidou assim, botou fogo na saia e puxou.
- Ninguém suicida assim, porque quando você estiver morrendo, automaticamente você alivia.
O que mais nos chamou atenção foi o fato de José Adeildo ter sido sequestrado, sem saber o por quê, e também pelo jeito que seus "colegas" de cela foram mortos, sem escrúpulos, sem piedade, seres humanos eliminando sua própria espécie.
Responsáveis pela tomada de depoimento: Pedro Dallari, Maria Rita Kehl, José Carlos Dias, Paulo Sérgio Pinheiro e José Paulo Cavalcanti
Foi preso no dia 18 de Dezembro de 1972 em Vitória de Santo Antão. Morava em Caruaru. Não sabia a causa do por que estava sendo preso. Não reconhecia o tal prédio para o qual o levaram.
Na entrevista, ele relata alguns lapsos de memória dos acontecimentos. Citou "colegas" de cela, por exemplo, Fernando Augusto era seu nome e seu apelido pelo qual o chamavam era Fernando Sandália. José diz ter presenciado a morte de Fernando, assim, descreve o acontecido.
- Fui preso no dia 18 de dezembro de 72 em Vitória de Santo 2 Antão.
- Não reconheço esse prédio, não reconheço porque eu entrei aqui encapuzado.
- Agora, por dentro sim, por dentro eu acredito que está modificado.
- Lá da última cela aonde eu estava, eu vi na primeira cela o Fernando Augusto.
- Fernando Sandália o apelido dele, mas o nome dele é Fernando Augusto.
- E ele foi assassinado, terrível. Foi uma coisa terrível.
- Segundo a notícia, teria ido para o Rio de Janeiro.
- O pessoal o reconheceu e abriu fogo e, então, houve um tiroteio dele e o carro dele incendiou e ele morreu.
- O jornal é... Jornal do Commercio.
- É. Jornal do Commercio. É de janeiro de 2003. É fácil da gente encontrar, não é difícil.
- Olha, deixa eu falar uma coisa, você foi preso junto com a Natália, ela foi estuprada.
- Eu não vou afirmar uma coisa que eu não sei. Mas a Natália foi morta lá.
- Ela pegou, ela tinha uma bolsinha e tirou a correia da bolsa, suicidou assim, botou fogo na saia e puxou.
- Ninguém suicida assim, porque quando você estiver morrendo, automaticamente você alivia.
O que mais nos chamou atenção foi o fato de José Adeildo ter sido sequestrado, sem saber o por quê, e também pelo jeito que seus "colegas" de cela foram mortos, sem escrúpulos, sem piedade, seres humanos eliminando sua própria espécie.
Nenhum comentário:
Postar um comentário